Doenças Oncológicas
A Interligação entre Doença Oncológica e Emoções
A psicossomática permite-nos compreender a estreita ligação entre a mente e o corpo, revelando como os aspetos emocionais e psicológicos podem influenciar a saúde física. No contexto do cancro, esta relação assume especial relevância, uma vez que o diagnóstico de uma doença tão grave pode desencadear um turbilhão de emoções intensas e complexas.
Ao receber a notícia de um diagnóstico oncológico, é comum que surjam sentimentos de medo, raiva, tristeza e impotência. Estudos indicam que estas reações emocionais não afetam apenas o bem-estar mental, mas podem também influenciar a progressão da doença. O stress emocional crónico, por exemplo, pode debilitar o sistema imunitário e perturbar processos biológicos fundamentais para a recuperação. Assim, cuidar da saúde mental torna-se um componente essencial no tratamento oncológico.
A mente pode afetar a biologia do organismo através da libertação de neurotransmissores e hormonas, mecanismos que podem alterar a inflamação e a resposta imunitária. Fatores como a depressão e a ansiedade têm sido associados a piores prognósticos em pacientes oncológicos, o que sublinha a importância de um suporte psicológico adequado. Neste cenário, a hipnoterapia surge como uma ferramenta valiosa, ajudando os pacientes a gerir a ansiedade e a depressão associadas ao cancro, proporcionando um espaço seguro para a expressão emocional e a promoção de um equilíbrio mental.
Adicionalmente, quando uma pessoa é submetida a elevados níveis de trauma e stress, o sistema nervoso estimula as glândulas suprarrenais a libertar cortisol. Este hormona, em excesso, pode enfraquecer o sistema imunitário, dificultando a deteção e a eliminação de células cancerígenas – um fator que pode contribuir para a progressão do cancro, caracterizado pela multiplicação descontrolada de células anómalas que escapam à vigilância do sistema imunitário.
Adotar uma perspetiva holística, que reconheça a interligação entre o cancro e as emoções, pode enriquecer significativamente a abordagem terapêutica. Cuidar da saúde mental não só responde a necessidades emocionais, como pode influenciar positivamente o curso da doença, promovendo uma recuperação mais completa e significativa.
O Papel da Hipnose Clínica no Tratamento do Cancro
A hipnose clínica tem vindo a ganhar destaque como uma prática terapêutica complementar, eficaz no tratamento de diversas condições psicológicas, emocionais e físicas. Uma das suas grandes vantagens é a capacidade de aceder e reprogramar emoções reprimidas, muitas vezes enraizadas em experiências traumáticas.
As emoções reprimidas referem-se a reações automáticas que se ativam em determinadas situações – por exemplo, a ansiedade que se instala antes de uma consulta ou a tristeza associada a recordações de perdas. Embora naturais, estas reações podem tornar-se debilitantes e comprometer a qualidade de vida. Durante uma sessão de hipnose, o paciente é conduzido a um estado de relaxamento profundo, onde a mente subconsciente torna-se mais acessível. Com o apoio do terapeuta, é possível identificar e reinterpretar experiências passadas de forma mais saudável e construtiva, reduzindo assim os sintomas associados a estas emoções.
Além disso, a hipnose pode ensinar técnicas de enfrentamento que capacitam os pacientes a gerir as suas emoções de forma mais adaptativa, promovendo um maior autocontrolo e uma resposta menos intensa a estímulos negativos. Este processo de reprogramação emocional permite libertar-se de padrões limitantes, contribuindo para uma vida mais equilibrada e saudável.
A investigação em psiconeurologia – a ciência que estuda as interacções entre emoções, sistema nervoso e funções orgânicas – tem demonstrado que os pensamentos e emoções influenciam o funcionamento do sistema imunitário. Embora fatores como a genética, o ambiente, a alimentação, o tabagismo e o consumo de álcool sejam bem estabelecidos como riscos para o cancro, não se pode ignorar a contribuição que o stress e outras emoções negativas podem ter no surgimento e agravamento da doença. O excesso de cortisol, por exemplo, não só enfraquece o sistema imunitário como altera a composição química do organismo, perturbando a organização celular e facilitando o desenvolvimento do processo oncológico.
Como Cristina Cairo refere:
“O cancro é causado por razões profundas no inconsciente. As mágoas que uma pessoa mantém por um longo tempo são capazes de provocar distúrbios celulares. Assim, essa doença seria uma forma de a pessoa punir quem a feriu, mesmo que envolva a sua própria vida, ou, ainda, poderia ser uma autopunição por não ter agido assertivamente diante de situações adversas.”
Em suma, integrar a hipnose no acompanhamento de doentes oncológicos pode proporcionar maior bem-estar e equilíbrio, contribuindo para uma abordagem mais holística ao tratamento.

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