Em Hipnose Clínica o terapeuta e o paciente funcionam como uma equipa que trabalham em conjunto para o alcance dos objectivos terapêuticos.
A Hipnoterapia (terapia com a utilização de hipnose) obtém resultados mais rápidos devido à forma como a comunicação é feita e em função do interesse do paciente em aceitar as sugestões terapêuticas.
O paciente em estado hipnótico tem oportunidade de alcançar um nível mais profundo de percepção do que numa simples conversa. Assim, durante o transe, é alcançado um estado de relaxamento onde o paciente mantendo a sua lucidez e aumenta a sua capacidade de concentração. Uma vez que, durante o seu dia-a-dia a sua atenção está dividida entre as diversas questões da sua vida, durante a sessão terapêutica o paciente fica focalizado em apenas uma situação específica. Tendo oportunidade de perceber factos e de encontrar possibilidades de que normalmente não dá conta, podendo optar pelas escolhas que o levarão a alcançar as mudanças desejadas.
Esta terapia deverá ser apenas feita com um profissional devidamente formado. Uma vez que o processo de comunicação utilizado é muito intenso, o profissional deverá saber o que vai comunicar ao paciente, como vai comunicar e que efeitos é que as suas palavras poderão ter naquele paciente, direccionando devidamente a comunicação para os objectivos desejados.
Saliento também que em contexto terapêutico existem muitos modelos psicoterapêuticos, sendo da responsabilidade do terapeuta conhecer os vários modelos e escolher, após avaliar a situação, o modelo ou os modelos terapêuticos que mais se adaptam ao problema, ao paciente e ao contexto específico. Por esse motivo, trabalho diariamente com mais diversos modelos terapêuticos desde as abordagens mais tradicionais da hipnose clínica às mais modernas. Pois, na minha opinião não existe um “modelo mágico” para aplicar a todas as situações, uma vez que estamos a lidar com a subjectividade do ser humano e o que funciona de forma excelente com alguns pacientes poderá não ser o mais adequado para outros.